sexta-feira, 11 de julho de 2014

NESSE FIM DE SEMANA TEM FESTA JULINA NO CIDADE NOVA






















A festa acontecerá no sábado e domingo, a partir das 14 hs, na Biblioteca Comunitária CNI (Rua Eloi Armando Nedel, 1332, Cidade Nova 2 - ao lado da Igreja Católica).

CONFIRAM O CRONOGRAMA DA FESTA JULINA

SÁBADO

14 hs – Som Mecânico
15 hs – Abertura Oficial
16 hs – Apresentações Infantis
17 hs – Time da Poesia (performance poética)
17:30 hs – Sarau de Poesia
18 hs – Maracatu Alvorada Nova
19 hs – José Batista e Lidionete (musica sertaneja / moda de viola)
19:30 hs – Adão Pinheiro (musica gauchesca)
20 hs – Quadrilha Julina
20:30 hs – Samuel Jahimi e Conexão Zona Norte (show de reggae)
21:30 hs – CDE Sounds (DJs de reggae e dub do Paraguai)
22:30 – Eloquentes  (show de rap)
23 hs – Conexão No Hay Frontera (hip-hop latinoamericano)
23:30 hs - Som Mecânico (musica para dançar – sertanejo, gauchesca, forró, baile e outros estilos)


DOMINGO

14 hs – Som Mecânico
15 hs – Abertura Oficial
15:30 hs - Apresentações Infantis
16:30 hs – Coral do Cidade Nova
17 hs – Capoeira (Associação Cordão de Contas)
18 hs – Dança Equatoriana
18:30 hs – Sarau de Poesia
19:30 hs - Adão Pinheiro (musica gauchesca)
20:00 hs - José Batista e Lidionete (musica sertaneja / moda de viola)
20:30 hs – Lamoni e Bianco (dupla sertaneja)
21:15 hs – Orakulus Dei (rock católico)
22:30 hs -Som Mecânico (musica para dançar – sertanejo, gauchesca, forró, baile e outros estilos)
00:00 hs – Encerramento

*obs: sujeito a adequação de horários 

segunda-feira, 16 de junho de 2014

POEMA E POESIA
























O Poema é a estrutura física
A poesia é a estrutura metafísica

Fogo é poema
Poesia é calor
Queimadura é poema
Poesia é dor

Água é poema
Poesia é sede
Descanso é poesia
Poema é cama, é rede

Soco é poema
Poesia é raiva
Flor é poema
Poesia é aroma, é cor

Alimento é poema
Poesia é fome, é saciedade
Amigo é poema
Poesia é amizade

Asa é poema
Poesia é vôo
Estrada é poema
Poesia é viagem

Livro é poema
Poesia é aprendizado
Lápis é poema
Poesia é desenho

Sol é poema
Poesia é amanhecer
Violão é poema
Poesia é música

Olho é poema
Poesia é olhar
Boca é poema
Poesia é fala, é canto

Mão é poema
Poesia é carinho
Sexo é poema
Poesia é orgasmo



O ser humano é estrutura física, mas também metafísica. É essência, subjetividade, trancendência. É a ponte entre o poema e a poesia.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

AS PARAGUAIAS VALIAM MAIS



















Elas eram conhecidas como bolitas, burquinhas ou bolinhas de gude. Tinha as leiteiras, que eram todas brancas, cor de leite e que valia duas bolitas cada uma. Geralmente eram usadas como pontos e só em último caso eram caseadas no jogo. Tinha umas grandonas que davam o dobro de tamanho das normais e que os moleques mais malandros usavam elas para acertar mais fácil nas outras bolitas.

Nessa época era comum começarmos o domingo cedo lavando nossas bolitas para depois sujá-las novamente nas vielas de terra empoeirada do Jd. Paraná. A Viela C, da favela, era como se fosse o nosso playground. Era ali que se jogava futebol, andava de perna de pau, carrinho de rolimã e também se brincava de bandeirinha – uma espécie de futebol americano da favela. Na época do dia das bruxas a gente fazia caveiras com mamão verde e colocava pela viela com uma vela dentro. Foi ali que muitos de nós levamos os primeiros sustos e também demos os primeiros beijos na boca, brincando de esconde-esconde nas noites escuras.

Pra galerinha daquela época, muitas vezes as bolitas eram uma forma de ter popularidade na quebrada, quem era bom no jogo tinha grande influência no dia a dia e sempre estava rodeado de amigxs e possíveis namoradxs. Eu e meu primo Deá usamos de uma estratégia de juntar nossas bolitas e cada um de nós ficava um dia com elas, desfilando com o pote cheio pela quebrada, assim como a galera da ostentação de hoje que posta fotos na internet com notas de cem.

Outra parada muito comum era a famosa ‘cachada’. Quando alguém era rapelado e ficava sem nenhuma bolita, ficava ali rodeando o jogo e na primeira oportunidade, pegava as bolitas e saia correndo gritando cachada, com uma multidão atrás tentando alcançá-lo. Depois aparecia em outro canto da favela em outros jogos, com as bolitas roubadas, como se tivesse fugido do flagrante e respondendo em liberdade.

Três tipos de jogos de bolitas eram os mais populares, ‘Paredão, Cabecinha e Cinco Búlicos’.

A cabecinha era desenhada no chão, um círculo (cabeça) e uma linha reta (rabo) e as bolitas eram colocadas sobre esse desenho. A uns vinte passos dali se fazia uma linha e detrás dessa linha as pessoinhas tinham que tentar acertá-las. Quem acertasse na cabecinha levava todas as bolitas caseadas. Os cinco búlicos são cinco buracos feitos no chão onde o jogador tem que acertar os cinco búlicos e depois acertar na bolita do outro, que assim é eliminado. O último a ficar no jogo é o vencedor. Nessa modalidade é que se criou boa parte da linguagem e gírias usadas no jogo. A palavra ‘acertar’ era substituída por ‘tingar’. Uma jogada irregular como mover a mão na hora da jogada era chamada de ‘esporcegão’ e o jogador perdia a vez. ‘Nada mantes’ era a palavra usada para se proteger de uma jogada muito usual em que o adversário tinga na bolita do outro jogando pra longe dos bulicos e dificultando assim as suas jogadas. Outra gíria era uma forma de bullyng (zoação da época), pra identificar uma pessoa que não sabia usar o dedo polegar pra jogar e espremia a bolita que saía sem força. Essa jogada era chamada de ‘cuzinho de galinha’, uma espécie de perna de pau do futebol. O Paredão consistia em uma parede em que cada um jogava a bolita na parede e na volta ela tinha que acertar em alguma que estava pelo chão. Era comum juntar umas 50 bolitas até alguém acertar em alguma e levar sozinho toda essa bolada. Essa modalidade também era a predileta da galera que batia cachada.


É incrível como aquelas bolinhas tão minúsculas gerava uma felicidade tão grande.

Tinha um moleque que tinha o apelido de Big Bosta e que foi muito importante na nossa vida nessa época, por dois motivos. Era ruim de bolita e sua mãe era dona da panificadora do bairro. Então a gente trocava com ele as nossas bolitas por pedaços de bolo, pudim e iogurtes. Graças a isso nossa infância foi mais doce. Muito tempo depois esse moleque passou no concurso da PM e virou um policial corrupto, amargando a vida de muitas famílias das favelas de Foz.

A Viela C era o lugar mais cobiçado da quebrada. Inclusive uma molecada do asfalto, que morava no Jd. Petrópolis descia a favela pra jogar bolita na terra. O colégio ficava no ‘Petropão’ e muitos de nós do Jd. Paraná que estudava lá, ganhava o apelido de pé-sujo. Foi ali que eu consegui meu primeiro vídeo-game, troquei com um moleque do asfalto por 400 bolitas. É lógico que no meio tinha um monte de leiteira e bolitas coloridas, dessas que valem duas. E também várias bolitas paraguaias, as famosas ‘paraguaínhas’, as mais desejadas.

As paraguaias eram as que valiam mais, de acordo com a quantidade de listras.

domingo, 13 de abril de 2014

CICLO




Sonhei ser chuva
Brotando do céu
Me esparramando por seu telhado
À procura de uma goteira
Onde meu corpo líquido
Possa descer de gota em gota
E lhe encher panelas e bacias
Para banhar seu corpo

Uma trilha sonora suave
E constante
A embalar seu sono
E seus sonhos

Cansado de tanto chover
E nunca te ter
Estio-me, dou uma trégua
E abro caminho
Pro nascimento
De um dia ensolarado

Quando você acorda
Me põe logo pra fora
Me joga na rua
Junto ao que sobrou de meu corpo

Pela boca de lobo
Sigo rumo a um rio
Onde me fortifico
E fico à espera de um calor
Que me evapore
Para que eu possa novamente
Chover sobre ti

Preta - cordel do fogo encantado

segunda-feira, 31 de março de 2014

Ecos do Passado - O Rap e os Griots

Os griots são guardiões da memória do povo... contadores de história, preservaram de forma oral as histórias da luta do povo...
Na era da tecnologia o rap segue fazendo o que os griots faziam e a história das lutas populares são registradas em músicas e videos...

A música Ecos do Passado traz à tona um momento sombrio da nossa história... há 50 anos atrás o golpe militar no Brasil....

A música foi escrita por: Mira Potira, Bruno Makalé, Revolução nacional, Felipe Além, Mr Ronney, O Levante, K2, Dialética, Bandeira Negra, Felix, DelirioBlack e Kiko Santana...

Lembrar para nunca mais esquecer


Pequenas impressões sobre um pedacinho do nordeste

















Pra quem trabalha com cultura, caminhar pelas ladeiras de Olinda é se surpreender... Cada casa é uma casa de cultura, um centro cultural, uma escola de música, uma galeria de arte, exposições, artesanato, um bar, a sede de blocos de carnaval, de movimentos sociais e estudantis, ou algum mercadinho, frutaria, sorveteria, lan house...

A casa nunca serve só como moradia, mas também como meio de vida e de disseminação de cultura... Daí vem uma manifestação cultural tão forte e tão múltipla...

Na rádio, além de músicas diversas de todo o nordeste, como: coco, maracatu, forró, ciranda, mangue beat, tem muita poesia e literatura de cordel sendo recitados pelos radialistas. Muitas histórias da saga dos nordestinos parece nos transportar de volta ao tempo da rádio novela.
O incentivo às manifestações culturais da região não parte só do povo... Nos shows que aconteceram durante o carnaval, 98% dos artistas eram nordestinos... Uma realidade muito diferente de Foz do Iguaçu que pouco valoriza os artistas paranaenses...

A arquitetura de Olinda favorece para uma manifestação cultural tão intensa, as casas sem muro, todos de frente uma pras outras, que dá pra namorar da janela... Isso ajuda muito na força do som, quando passa os blocos pelas ladeiras, sem ajuda de trio elétrico ou qualquer equipamento de amplificação, só com seus instrumentos de percussão e sopro.

Um pouco mais afastado desse circuito tem as favelinhas, onde pelos becos e ruazinhas de terra e casas amontoadas, podemos ver pelos quintais ensaios de maracatu, música, galera sentada na rua, compartilhando a vida.

É importante saber que diante de tantos problemas que enfrenta o Nordeste, como altos índices de violência, falta d’água, desemprego, saúde e educação precária, o povo tem tanta força para criar e se manifestar. As pixações e stencils pelas paredes vão desde mensagens contra o machismo, contra o racismo, como manifestações contra a copa do mundo e até criticas ácidas a respeito do carnaval. A anarquia está muito presente nos muros e na forma de vida de muitos viajantes de toda a América Latina que estão morando por aqui.


Os Sertões de Euclides da Cunha já nos avisava há tempos: “O nordestino é, antes de tudo, um forte”.

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Ainda te amo (poema do retorno 2)



















Às vezes me sinto como se estivesse sendo vomitado
Um alimento, que tem tudo pra fazer bem, mas que o organismo rejeita
Quanto mais quero ficar, você me põe pra fora
Me expulsa, me nega, me descarta...

O revólver e a bala

Sei que no fundo você não vive sem mim
Sempre vai me procurar pra disparar seu preconceito à queima-roupa
Pra metralhar meus sonhos, atirar meu corpo no poço da desilusão
Engatilhar sua ira e bum!!!
Bem na cara das minhas perspectivas

Eu, como um otário, sempre volto pros seus braços
Aí é um abraço!!!
Dependente químico de sua química
Me perco nas noites, embriagado, cambaleante, percorrendo suas curvas
Desvendando seus mistérios, percebendo sua insegurança

Às vezes sinto inveja de você.
Te vejo toda linda na televisão, fotoshopeada em capas de revista
Ah, se eles soubessem...
Se soubessem da sua ingratidão. Desse seu jeito de não ligar pra nada
De não se importar, deixar ao léu, morrer agonizando

Mas a paixão tem dessas coisas, sempre volto pra ti
Sei que possui muitos amantes, muita gente que te explora
E não dá a mínima pra quem deu o sangue por você
Ah, como é disputada...

Sei que tenho poucas chances de ganhar sua confiança
Ter uma boa relação contigo, caminhar ao seu lado
Você sempre preferiu os ricos, os empresários,
Pessoas poderosas, de grande influência

A dama e o vagabundo

Isso só funciona nos livros, no cinema, em contos de fada
Você nunca tratou as pessoas de igual pra igual
Eles sempre tiveram preferência, privilégios
Eu sempre fui muito informal pra você. E você adora as formalidades
Você é afeita às padronizações, quer ser igual às outras
Isso ofusca sua beleza natural, suas individualidades

Ah, se você imaginasse o quanto te amo e o quanto te odeio
Sempre me disseram que amar é sofrer
Acho que me transformei numa espécie de máquina de transformar sofrimento em ódio
E de tanto sofrer a gente desencanta, se afasta
Sai pelo mundo sem rumo
Se perde e se encontra em outras noites, outros céus,
Amanhece em braços desconhecidos

Somos como um imã, que se atrai e se repele

Você fez aniversário e mais uma vez meu presente foi minha presença
Ariano teimoso, sempre insisto, volto, te abraço, te provoco
Te dou carinho, atenção
Sobrevivo à insolação, me queimo em seu calor
Vou ao delírio pensando estar te conquistando
Entro em seu corpo
Você finge gostar
E como sempre, no final
Me nega
Me expulsa
Me descarta
Me vomita

(poema dedicado a Foz do Iguaçu)

sexta-feira, 10 de maio de 2013

Circo Kamikaze no Cidade Nova...

























Domingo - 12 de maio - 18 hs - no Home Beer - Próximo ao Mercado Globo, Cidade Nova II... 

Bora lá, a entrada é de grátis!!!

Apresentação de Circo Kamikaze -Argentina
e mais Mano Zeu, discotecando Músicas Latinas...
e mais participação especial dos violeiros Cara e Coroa...


segunda-feira, 11 de fevereiro de 2013

CARNAVAL CULTURAL NO CIDADE NOVA






















BORA LÁ GALERA... É nessa Terça no Cidade Nova...

Carnaval Cultural... Atividades para as crianças, Oficinas, Pintura, Palhaço, Música, Escolinha de Trânsito... a partir das 16 hs na Biblioteca Comunitária CNI...

quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

SEXTA FEIRA TEM SARAU
















Das 20:00hs às 22:00hs na Cantina Pão e Vinho na Rua Santos dumont,1581

Levem POEMAS...




sábado, 8 de dezembro de 2012

1° FEIRA DE ARTESANATO E PRODUTORES DO CIDADE NOVA



























1° FEIRA DE ARTESANATO E PRODUTORES DO CIDADE NOVA

Venda e Troca de Produtos...

Nesse domingo - 09 de dezembro - acontece no Cidade Nova, a feira de artesanato e produtores do bairro.

Durante o dia acontecerá apresentações culturais, Rap, Capoeira, DJs, Música, Poesia e Circo. A atividade ainda conta com o Lançamento do livro: BRASIL PERIFERIA(S): A COMUNICAÇÃO INSURGENTE DO HIP-HOP (de Andréia moassab).

A noite fecha com um cine debate, exibição do documentário O VENENO ESTÁ NA MESA, de Silvio Tendler.

O cine debate faz parte das atividades do Comitê da Campanha Permanente Contra o Uso de Agrotóxicos e Pela Vida.

Local: Biblioteca Comunitária CNI (R. Eloi A. Nedel 1332, Cidade Nova II – ao lado da Igreja Católica).
Horário: O dia todo.

Parceiros: Casa da América Latina – CDH Centro de Direitos Humanos e Memória Popular de Foz – Casa do Teatro – Livraria Kunda