sexta-feira, 14 de maio de 2010
ALIENAÇÃO DESALIENANTE_O Dub Triste que faz Sorrir.
“Feliz dub triste que me faz sorrir”. Esse é um dos versos da música do nosso compatriota Ali, do grupo/banda Alienação Afrofuturista, que faz um ótimo trabalho de desalienação com suas experimentações e manifestações sonoras. A música já está ocupando os lares, bares, pistas e celulares, através de seu CD Promo divulgado recentemente. Alienação Afrofuturista traz uma mistura muito loca de sons influenciados nas raízes africanas: reggae, dub, ragga, blues, rock, ska, rap, hardcore, samba, funk, jazz. Sem comprometimento com estilo musical, mas comprometido em fazer um bom som, muito bem elaborado, diversificado e múltiplo, na contramão de um mundo que caminha a passos largos para a padronização.
Assim como a contracultura foi importantíssima para quebrar os padrões de uma sociedade conservadora e se opor à massificação da cultura como mercadoria. Surge daqueles jovens, na década de 60, o movimento underground com uma cultura alternativa e inovadora, contestadora e original, transformando consciências, valores e comportamentos, e criando uma nova forma de se comunicar. Se expressar com o corpo, mente, alma e coração, e não de acordo com as exigências da indústria.
A dupla Ali & Selectah Raggamonk estão produzindo junto com o produtor e rapper curitibano Cabes, pela produtora TrackCheio, um disco cheio, ainda sem previsão de lançamento. O primeiro Ep do Alienação Afrofuturista foi lançado em 2007, quando o mano ainda habitava a terra iguaçuense. Como diz uma canção desse Ep “No ano do macaco não tem como fazer delay”, mas tem como relembrar, reviver, e reinventar um som cada vez mais doido. A música do mano continua com forte influência do mestre Black Alien do Rio de Janeiro, mas com um jeito todo paranaense de ser internacionalista. “Santa Mama África, Brasil, Ruanda, Moçambique, Angola”, quando ouvirem certamente se identificarão.
Desalienar-se é estar aberto a novas experiências, quebrar paradigmas e estereótipos, desinventar para reinventar. Trabalhar a alienação para desalienar é trabalhar a desconstrução para construir algo novo, diferente do que está ditado. Assim como a paz sem voz é medo e viver em paz é não aceitar a pacificação forçada por armas.
A música Fast Lane, que abre o Promo diz: “Eu não me importo com poemas” e acabou criando uma ótima poesia. Tive a oportunidade de assistir o show do mano recentemente e gostei muito, tanto da performance de palco como da utilização de novas tecnologias, trazendo para o palco os efeitos de voz que antes só se fazia no estúdio.
Enquanto o álbum não sai, os companheiros e companheiras podem ir ouvindo algumas músicas no myspace:
www.myspace.com/alienacaoafrofuturista
O Ministério Afrofuturista adverte: Aprecie sem moderação e compartilhe os fones de ouvido.
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