CEM ANOS DE SOLIDÃO
A casa continua a mesma...
As paredes de bloco, sem reboco
O chão vermelho fosco, gasto
O forro ainda sujo
Baratas sobre a mesa
Devoram o que sobrou do último almoço
Ratos escalam as paredes
A poeira repousa sobre os móveis velhos
Na noite longa e triste
Ainda sinto seu cheiro no lençol
Meu coração se aperta
A saudade é pilantra
Tortura aos poucos
Mas, não mata.
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