sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Óia sÓ:

Eleição 2010 o oito e o oitenta. A vez dos jingles.

O jingle mais bem articulado, na minha opinião, é do candidato a deputado estadual, Marcelo Freixo, RJ. O ritmo de funk no jingle, além de boas rimas, traz a tona a luta desse candidato pela descriminalização do Funk no Rio. Em uma parte do jingle ouvimos a afirmação “milícia é máfia”. Marcelo Freixo foi o deputado responsável pela CPI das milícias e hoje tem que andar com seguranças para não sofrer um atentado e está proibido de fazer campanha em áreas que ainda atuam milicianos.

Do outro lado da moeda está o jingle do candidato Neuso Rafain de Foz do Iguaçu. Ele conseguiu colocar no mesmo verso: “Pelo agronegócio e pela agricultura familiar”. Comentei isso com um camarada e ele riu. Fez o seguinte comentário: “Defender ao mesmo tempo o agronegócio e a agricultura familiar é o mesmo que defender o sexo livre e a volta da castidade”.

(Isso é esquizofrênico.



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O APAGÃO DA RECORD


No debate dos candidatos a presidente na Record aconteceu uma fita engraçada. Quando o candidato Plínio foi questionado a respeito da mídia e afirmou que é a favor de que se tenha controle social sobre os meios de comunicação de massa, caiu a energia e o mediador do debate ia passando a vez pra outro candidato, mesmo faltando 20 segundos pra ele terminar sua fala. Quando ele viu que todos perceberam o vacilo tentou se retratar: “você tem mais 20 segundos candidato, você quer usá-lo ou não?”. O Plínio foi sagaz, fez o seguinte comentário: “Eu falei mal da imprensa cortaram, olha aí, eu falei mal ‘pá’, apagão”. O apresentador insistiu e ele disse que já tinha usado os seus 20 segundos restantes e pediu o aplauso da galera.



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EFEITO DOMINÓ


Estava reunido com alguns amigos e um mano comentou que a Gleisi ligou na sua casa pedindo voto pra Nanci Rafain.
- “Eu até ia votar na Gleisi, mas depois dessa, perdeu meu voto”.
- “O meu também”.
- “O meu também”.
- “O meu também”.

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EFEITO DOMINÓ 2


Entregaram no meu barraco um panfleto do candidato Gessani de Foz do Iguaçu. O panfleto traz suas propostas na área de educação, saúde e segurança pública. Sobre segurança pública ele escreveu:
“Por mais efetivo Policial em Foz do Iguaçu. Para Gessani o número de policiais nas ruas inibe o crime e dá mais tranqüilidade aos moradores, por isso é importante ter número suficiente de policiais na cidade para combater a violência e a criminalidade”.
Quem é morador de favela como eu, sabe que segurança não tem nada a ver com policia na rua. Ouvi de um amigo a seguinte afirmação: “Uma sociedade que precisa de tanta polícia só pode estar doente”. A polícia nunca trouxe tranqüilidade pra favela. Muito ao contrário...
Comentei isso com alguns amigos e o candidato perdeu alguns votos.

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O Serra é tão ruim politicamente falando, que não se elegeria nem se o Lula fosse seu cabo eleitoral.

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Gilberto Felisberto Vasconcellos:

“Sobre as flores do estilo, pergunto quem foi o gênio lingüista que bolou o mote gerundiano da campanha de Dilma? Refiro-me à palavra de ordem: “Para o Brasil seguir mudando”. Que coisa feia. É isso que dá colocar campanha política em agência de publicidade”.

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O QUE É ISSO MV BILL?


No novo cd do Mv Bill, a primeira faixa, traz a seguinte rima: “Mas tem que ter atitude / Deixar de ver novela que faz mal para a saúde”.
Em outra rima de seu antigo cd Declaração de Guerra ele já havia cantado: “Então me diga o que causa mais estrago / cem gramas de maconha ou um maço de cigarro / o povo rebelado ou polícia na favela / a musica do Bill ou a próxima novela?”.

Depois de defender a ocupação das tropas da ONU no Haiti, traindo seus princípios, agora o Mv Bill foi trabalhar na novela Malhação da Rede Globo.

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Tio Patinhas / Tio San


O personagem da Disney Tio Patinhas representa muito bem o capitalismo. Nas suas histórias em quadrinhos sempre aparece como aquele capitalista que vive acumulando riquezas. Aquele patrão que explora a mão-de-obra dos trabalhadores.
Esses dias eu vi algumas paradas interessantes num gibi do Patinhas. Na Biblioteca do escoteiro Mirim 14, tem uma ilustração onde um cartaz anuncia “Precisa-se de Mercenários, Paga-se Bem”. Indo em direção ao local está o Tio Patinhas com uma espingarda na mão e um cifrão desenhado encima de sua cabeça.
Em outra história, a Margarida trabalha pro tio Patinhas. “E então? Todos pagaram o que me deviam?”, “Quase todos, Tio! Só um pobre lenhador não pode pagar... mas tudo bem”, “Tudo bem? Tudo MAL!”, “Coitado, Tio! Ele pediu seu dinheiro emprestado pra comprar uma serra... mas como ficou doente, e... sabe como é...”, “Grrr! Não quero saber!”, “O senhor não vai ficar pobre por isso, vai?”, “Eu só fiquei rico porque luto por um centavo”.
No quadro de Cartas um dos leitores escreveu: “Quem é Pão-Duro? Tio Patinhas, eu não acho você pão-duro. Você trabalhou, economizou e, agora, querem tirar o seu dinheiro. Por isso, você tem toda a razão de ficar bravo”.

(É o capitalismo trabalhando mentes).

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