segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

O VELHO DISCURSO DO BOY NA BOCA DO RAP (Por: Hertz Dias)



Eu acho que o rap feito no Brasil ele tem muita identidade tem muita coisa legal, mas muita gente se aproveitou desse tipo de rap no Brasil e parou de criar, foi mais fácil copiar grandes artistas de rap, não só se inspirar, mas copiar, e disso começaram a criar o que? Muita musica com o mesmo assunto, mesmo tema, isso cansou um pouco.

As palavras acima são de uma respeitadíssima e histórica figura do Hip Hop nacional, é do “velho” Humberto Martins da dupla Thaide e Dj Hum que muito fizeram pelo Hip Hop brasileiro, homens pelo qual guardo grande apreço, apesar de discordar do referido discurso, discurso esse que vem a cada dia se proliferando entre protagonistas e adeptos da cultura ou Movimento Hip Hop.

Quero iniciar dizendo que esse discurso de que o rap está repetitivo e que, portanto, seria necessário inovar nos temas, nas letras, musicalidade e tal, não é tão novo assim, ele é tão antigo quanto a preocupação da burguesia brasileira com a ameaça política que o Hip Hop passou a representar desde início da década de 1990. Quem é das antigas deve lembrar a música “Poder da Rima” do disco Bem Vindos ao Inferno do grupo Sistema Negro. Nessa canção de 1994 já constava uma resposta a esse tipo de acusação contra as letras do rap:

Música de preto coisa de desesperado/ ouço um idiota numa estação de rádio/ querendo sim acabar com nossa música/ por não ser agradável como o samba/

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