Uma das paradas mais maneras do Orkut são as comunidades. Dando uma fuçadinha básica eu encontrei essa daqui: Movimento Mulheres Camponesas. Óia sÓ que firmeza a apresentação da comunidade:
"Somos mulheres camponesas: agricultoras, arrendatárias, meeiras, ribeirinhas, posseiras, bóias-frias, diaristas, parceiras, extrativistas, quebradeiras de côco, pescadoras artesanais, sem terra, assentadas... mulheres índias, negras, descendentes de europeus, representantes de todos os estados do nosso país. Lutar sempre foi nossa condição, desta forma, construímos nossos movimentos autônomos de mulheres. Em nossa trajetória, temos reafirmado a luta das mulheres pela igualdade de direitos e pelo fim de qualquer forma de violência praticada contra a mulher. Pertencemos à classe das trabalhadoras e trabalhadores, por isso, nos articulamos com o conjunto de entidades e movimentos da classe trabalhadora. Resistimos no campo às conseqüências econômicas, políticas, sociais e culturais do projeto neoliberal, que intensifica a exploração de trabalhadoras e trabalhadores, aumentando a violência e a discriminação contra as mulheres".
Outra parada responsa é dar uma olhada nas comunidades relacionadas. No caso dessa óia só as comunidades que encontramos: Via Campesina, MST Movimento dos Sem Terra, Latifúndio: Pecado Agrário, 1° de Maio Dia do Trabalhador, Solidariedade Brasil/Venezuela, Reforma Agrária, Alerta Contra o Deserto Verde, Eldorado dos Carajás: Massacre, Povo Unido e muitas outras.
Vamos lá companheiros e companheiras participem.
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João Pedro Stédile:
“O Haiti não precisa de soldados, precisa de médicos, professores, agrônomos. Os militares estão lá há cinco anos e nada mudou. O que muda um país não é presença militar. O Haiti precisa é de ajuda humanitária e de um novo projeto de desenvolvimento. O azar do Haiti é que ele fica muito perto dos Estados Unidos”.
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Música de Sílvia Telles:
“Quem quer todas as notas Re, Mi, Fa, Sol, La, Si, Do / Sempre fica sem nenhuma, fique numa nota só”.
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Quando eu estava no Rio de Janeiro fui até o HortiFruti comprar salada para o almoço. Achei estranho aqueles legumes, verduras e hortaliças, de longe pareciam de plástico e de perto pareciam que estavam inchados. O que mais me surpreendeu foi a cor dos alimentos, muito diferente dos que nascem aqui na minha horta. Se a Suvinil visse aquilo, teríamos novas cores no mercado. Que tal pintar a sua casa com a cor verde-pimentão-endossulfan. Ou comprar um carro cor de vermelho-tomate-metamidofós.
Segundo o Censo Agropecuário o Brasil é campeão mundial de uso de agrotóxicos. Foram 673.862 mil toneladas de defensivos, o que equivale a 4 quilos por habitante. Muitos desses venenos são proibidos por lei e os que são liberados, na sua grande maioria passou do limite estipulado pela lei.
(É comida envenenada no prato do brasileiro).
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Nilo Batista:
“As esquerdas acham que as violências policiais contra os inúteis da economia neoliberal, nada tem de político. Os desempregados, os inempregáveis, os irremediavelmente alijados, cujas estratégias de sobrevivência são criminalizadas implacavelmente, seriam eles os vilões da história que não acabou?
Atrás das trombetas higienistas do “Choque de Ordem” está a mcdonaldização da orla, a repressão do comércio informal popular, dos cocos, picolés, das quitandeiras do Galo ou do Pavão, que serão substituídos até o grande evento turístico-olímpico por assépticos sanduíches transnacionais”.
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Gilberto Felisberto Vasconsellos:
“No capitalismo o voto á valor de troca e não valor de uso. O povo sabe disso. Sem pirão não há eleição”.
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Eduardo Galeano, no livro dos abraços:
“A policia não pode combater o crime,
Está muito ocupada cometendo-os!”.
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“Macumba é instrumento musical”.
(Diz o véio deitado).
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Hamilton Octavio de Souza:
“Antigamente era Pão e Circo. Agora é lixo mesmo para o povo”.
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Propaganda no Metrô:
UVA (Universidade Veiga de Almeida)
“Eu não vim pra UVA pra ser alguém,
Eu já sou, por isso estudo aqui”
(E quem não estuda ali, não é ninguém?)
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Boca de livro
Sérgio Vaz, poeta marginal da periferia paulistana montou uma boca de livro. É isso, mesmo, em uma das edições do Sarau da Cooperifa (cooperativa de poetas da periferia), choveu livros nas mãos das pessoas presentes. Foram distribuídos 600 livros pra rapaziada. No dia seguinte Vaz escreveu em seu blog: “Usamos a mesma tática do tráfico de drogas, damos os primeiros livros de graça, depois que a comunidade se viciar, cada um que dê um jeito de sustentar o seu vício - apesar que tem uma biblioteca no Zé Batidão para emergências. Não deve ser fácil cheirar um livro de 400 páginas. A Cooperifa é a boca de livro da quebrada”.
(Quando o livro for legalizado, certamente viveremos num mundo melhor).
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Moto-Contínuo
Comer da sono
Dormir da fome
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Futebol e violência
A tentativa de pacificar as torcidas continua. Em janeiro desse ano a Torcida Guerrilha Azul, do clube Atlético Monte Azul foi proibida de entrar com sua bandeira no estádio. A torcida, que á a maior do clube, foi fundada em 2002 e ajudou a impulsionar o time da quarta para a primeira divisão do campeonato paulista. Seu símbolo, desde a sua existência é o nosso querido Che Guevara. Nada mais sugestivo para uma torcida chamada Guerrilha Azul, ter em seu símbolo um revolucionário guerrilheiro argentino. O major Francisco Mango Neto tentou se justificar: “Não foi uma proibição, foi apenas uma orientação. Daqui a pouco alguma torcida pode aparecer com uma imagem do Bob Marley ou com uma folha de maconha na bandeira”. Todos nós sabemos que a polícia usa a fachada de combate às drogas para legitimar as atrocidades que vem cometendo em nossas comunidades. Muitas chacinas foram cometidas em supostos confronto com traficantes, se apoiando na lei do auto de resistência. E nessa “guerra” usam de todos os artifícios, ligando a imagem do Bob Marley à apologia ao uso de drogas e os bailes funks ao comércio de drogas. O Presidente do clube, Marcelo Cardoso, foi informado que o comando da Polícia Militar de Ribeirão Preto proibiu qualquer coisa que caracterize apologia à violência.
Violência é proibir a liberdade de expressão. Deixo aqui uma dica para as torcidas organizadas. Criem gritos de guerra com frases do tipo: “Estamos na Paz, mas não estamos Pacificados”, “Paz sem voz é medo” e daí por diante.
(Torcedores de todo o mundo uni-vos!!!).
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Internacional Socialista

Uma das paradas que mais me alegraram no ano de 2009 foi ver numa bandeira do Internacional de Porto Alegre o logotipo do time com a foice e o martelo. Eu fui torcedor fanático do Inter até a minha adolescência. Faz muito tempo que eu parei de acompanhar futebol, a última copa do mundo que assisti foi a de 1994. Um dos motivos de meu desânimo foi o fato dos clubes se transformarem em empresas de lógica mercadológica capitalista e fecharem patrocínio com qualquer empresa, mesmo que ela escravize os trabalhadores e utilize mão-de-obra infantil em suas fábricas. O trabalho de base nos clubes ficaram para segundo plano, a cena é conseguir um patrocinador forte e montar um super-time com super-craques que estão ali jogando por amor ao dinheiro e não mais por amor à camisa. Vinte anos após a queda do Muro de Berlin, vemos um esvaziamento da politização em quase todos os setores da sociedade.
Na década de 80 ouve um grande movimento de torcedores que se envolveram politicamente e lutaram pelas Diretas Já e pela redemocratização. Um desses movimentos foi a 'Democracia Corintiana' formada por torcedores e por jogadores, que além de lutar por direitos trabalhistas, lutavam contra a ditadura militar no Brasil. Junto com a comemoração da conquista do Brasil em sediar as Olimpíadas e a Copa do Mundo no Rio de Janeiro vem um programa de segurança pública que criminaliza os pobres. A tal “limpeza social” que vem junto com a fachada de pacificação das favelas já está deixando um rastro de sangue pelas comunidades. Vem acontecendo várias chacinas promovidas pela polícia do Rio de Janeiro em suas ações nas favelas. Além da tentativa de pacificar o povo favelado com as ocupações, estão tentando pacificar as torcidas. Isso é visível na fila de compra de ingressos, policiais usando cacetetes e sprays de pimenta contra os torcedores mais exaltados. Uma das “autoridades” cariocas foi à televisão e disse que o problema da violência nos estádios são as torcidas organizadas. Eu torço pra um dia as torcidas organizadas se transformarem em movimentos sociais organizados e velos lutar e cantar por um mundo melhor com a mesma força que cantam por seus times. Eu continuo sem acompanhar muito o futebol, mas continuo com um carinho especial pelo internacional. Pela sua história, sua formação, e pela bandeira com a foice e o martelo.
Eu só tenho uma sugestão para os torcedores do Inter: Quem torce pro Internacional não pode ser chamado de Colorado. No Paraguai o Partido Colorado é um Partido de direita e ficou no poder por 61 anos, submetendo os hermanos paraguaios à miséria total. Quem torce pro Internacional tem que ser Internacionalista.
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Nesse ano eleitoral os políticos não me pegarão nem com churrasco...
Ainda mais agora que eu to vegetariano...
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Guilherme Scalzilli:
“Pouquíssimos correntistas de um banco ou bebedores de refrigerante sabem que ajudam a manter panfletos reacionários como a Revista Veja”.
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Gilberto Felisberto Vasconselos:
“O adubo químico, extraído do petróleo, universalizou a agricultura agroquímica. (...). Imagine quando acabar a última gota de petróleo, o que será da comida no mundo?”.
(Por isso eu sou mais o MST)
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“To na Paz, mas não to pacificado”
(Disse o veio deitado).
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“O importante é ser feliz
O resto é luta de classes”.
(Disse um historiador loco).
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Renato Pompeu:
“As origens da gripe suína são mais um dos males causados pelo neoliberalismo”.
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Sem Terrinha.
Participei no Rio de Janeiro do Ato organizado pelo MST 'Somos Todos Sem Terra', Contra a Criminalização dos Movimentos Sociais. No final do Ato ganhei uma bombeta do MST, um jornal Sem Terra e uma revista Sem Terrinha. Já no editorial da revista nós lemos: “Brilha no céu a estrela do Che / somos Sem Terrinha do MST”. A revista é destinada às crianças e possui belas ilustrações feitas por crianças Sem Terrinha de todo Brasil.
Essa edição, a n° 2, traz um artigo sobre os Direitos da Criança e do Adolescente, escrito com uma linguagem bem acessível: “Tudo isso é muito importante! Ver se o Estado está cumprindo o que prometeu e denunciar o que está errado é uma forma de lutarmos pelos nossos direitos. A participação dos Sem Terrinha é fundamental para isso”.
Em um texto intitulado 'Porque Somos Sem Terra?', algumas perguntas: Já aconteceu de você estar andando na rua e ver muitas pessoas dormindo na calçada? Ou quando você anda pela cidade e alguma criança vem pedir comida? Dá uma sensação ruim, né?! Mas por que tem tanta gente morando na rua, vivendo de pedir esmolas?”. Depois vem a explicação de todo o processo de colonização no Brasil, a escravidão, o extermínio do povo nativo, a falsa abolição da escravatura. O texto fecha assim: “Para garantir que fossem donos de quase todas as terras, em 1850 os homens ricos fizeram uma lei: a Lei de Terras, onde dizia que as terras eram suas e que os pobres não poderiam ter terra. Então, os indígenas, os negros e os brancos pobres tinham que trabalhar para os ricos, e ainda continuar sem terra”.
Além de textos sobre a reforma agrária, sobre alimentação saudável, citação de livros, tem um jogo da memória com desenhos feitos por sem Terrinhas.
Vendo um material tão bom, feito para as crianças, me deu uma vontade de ser pai.
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