terça-feira, 16 de agosto de 2011

FOZ FAVELA



Salve salve favela, Salve salve

Suas ruas de barro, seus carros e motocicletas
Seus barracos, seus cacos, cascos e bicicletas
Salve o seu chão de terra que já sentiu os meus pés
Salve os lares, os bares, as igrejas, os fiéis
Pisos vermelhos onde lágrimas escorreram
Onde muitos correram, onde muitos morreram
Paredes tristes que insistem sempre em testemunhar
O sofrimento, o lamento, o tormento, o penar

Salve salve favela, Salve salve

O telhado molhado, a chuva forte, a goteira
A roupa encharcada, no ar cheiro de poeira
As crianças na rua, o futebol e a lama
As estrelas, a lua, a noite, a fogueira, a chama
Os quintais, os varais, as cercas de madeira
Becos, guetos, vielas, baixadas, morros, ladeiras
Criança e brincadeira, choro e mamadeira
Cidade comunidade, favela, gente guerreira

Salve salve favela, Salve salve

Foz do Iguaçu respira favela
Foz do Iguaçu transpira favela
Foz do Iguaçu não existe sem ela
Foz do Iguaçu é uma grande favela
Nosso cartão postal que o turista não vê
É uma cicatriz que a elite tenta esconder
A favela na lida, nosso modo de vida
Nossa identidade, a gíria, a cultura vibra

Salve salve favela, Salve salve



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