Outro dia, conversando com um amigo, ele me contou que quando está no palco cantando rap é como se estivesse trocando soco com a polícia. Hoje assisti novamente o vídeo de Jair Rodrigues cantando a musica "disparada" no II Festival da Música Popular Brasileira em 1966. Nessa época o Brasil amargava uma ditadura militar e podemos observar no vídeo a presença de militares. A musica é de autoria de Geraldo Vandré e Théo de Barros, e na performance de Jair podemos ver em seus gestos o enfrentamento.
E na letra da música então:
"Aprendi a dizer não / Ver a morte sem chorar / E a morte, o destino, tudo / A morte e o destino, tudo / Estava fora do lugar / Eu vivo prá consertar"
"Então não pude seguir / Valente em lugar tenente / E dono de gado e gente / Porque gado a gente marca / Tange, ferra, engorda e mata / Mas com gente é diferente"
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