terça-feira, 16 de março de 2010

Poema para um advogado (Por: Ferrez)

Salve, pra mim sempre foi assim, como poeta ou escritor, ou para alguns só datilógrafo, eu sempre pensei que não escrevo por lançamento, autógrafo, nem editora, muito menos por divulgação, e sim por necessidade, ou melhor, precisão de ser útil de alguma forma.

E isso é tão verdade, que assuntos urgentes para todos, ao escritor vira segundo plano.

Como se a vontade de ver novamente sua falecida mãe fosse maior que uma estrela, ou dizer bem alto que seria a vontade do destino no trem bala a passageira.

Coisas estranhas como separação, onde o ponto de vista pode ser mais poético do que realístico.

Naquele dia o amor ficou pelo canto e foi marcado o dia que separamos
Podemos falar de situações, posso criar momentos.
Sentado na mureta, eu fico a pensar, quanto custa uma filha do pai separar?
E através de invenção, mostramos o que alguns sentem lá dentro.
E hoje sem dó do meu destino, sou pai sem filho.
A lágrima seca no olhar sem visão.
Algumas profissões.
Quero advogar por um mundo com mais paixão.
A justiça está vendada e não cedeu.
Tenho medo de minha filha perguntar quem sou eu.
Planto esperança pra não colher desilusão.
Caminho nesse vale vendo seu rosto em tudo que vejo.
Ascendo o cigarro e solto fumaça pelo tempo.
Ando com amigos que fazem realidades rimadas.
O ano novo cercado de gente não quer dizer nada.
A distancia é grande mas não me muda o foco.
Quero ter você de novo minha filha, e logo.
Dedicado a Hamilton, durante um show do Facção,
Lá fora sentado numa mureta,
Fumando, olhando para o céu azul,
Eu vi tudo isso em seus olhos.

Fonte: www.ferrez.blogspot.com

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