sexta-feira, 16 de abril de 2010
Break, Djs e Rimas no Cidade Nova
O bairro Cidade Nova, localizado nas proximidades da Itaipu Binacional e Furnas, nos proporciona todo final de tarde, um lindo pôr-do-sol. E foi contemplando um desses momentos que montamos os equipamentos de som para o evento que aconteceria logo após, a partir das 18:30hs. A 1° Roda de Break do Cidade Nova aconteceu dia 11 de abril, domingo, no Bar do Seu Domingo. Para mim o dia foi muito mais que especial, pois eu nasci num dia 11 de abril, há exatos 31 anos atrás. O evento começou com a discotecagem dos Djs Georges, Caverinha e Eliseu Santos. Os B.Boys deram um show à parte e arrancou aplausos e sorrisos das pessoas que colaram para apreciar o evento. Uma das danças mais incríveis que eu conheço é o Break, um dos estilos de dança de rua mais criativo e empolgante. A galera se jogou na dança com seus moinhos-de-vento, freezes, top rock, foot work e diversos outros passos improvisados sobre os Miami Bass e Raps tocados pelo Dj Caverinha e Eliseu Santos. O Dj Georges, que também é historiador, discotecou no início do evento traçando uma linha histórica entre os sons das antigas e os lançamentos. Rolou ainda no microfone os versos improvisados na hora, denominados como “freestyle” no Movimento Hip-Hop. Houve também a simulação de um programa de rádio dando início aí a idéia de se montar uma Rádio Comunitária no Cidade Nova.
Colou galera de vários bairros para participar e compartilhar com a galera do Cidade Nova. Apesar de Foz do Iguaçu possuir um dos piores e mais caros transportes coletivos do Brasil, a galera adentrou os busão em destino à zona norte da cidade. Tinha gente do Morumbi, Jd. América, Vila Iolanda, Vila C, Carimâ, Porto Meira, Jd. Lancaster e do Cidade Nova I e II.
O evento rolou até as 23:00hs, na paz como sempre, dando mais um tapa na cara da mídia sensacionalista que pinta a favela como um lugar violento e inabitável. Cidade Nova é lugar de trabalhador, artistas, músicos, dançarinos, djs, b.boys, grafiteiros, sambistas, funkeiros, capoeiristas, agentes e produtores culturais, militantes, professores, estudantes, seres humanos. Cidade Nova Nova é um caldeirão cultural, mesmo sem o apoio da administração pública.
Um salvão pra todos, até a próxima.
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